sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sexta feira

Hoje uma tremanda de uma sexta feira, nada pra fazer (por enquanto), um tempo horrivel mas calor. Estou na sala da minha casa, ao som de Arlindo Cruz e pensando: o que eu vou escrever aqui?! E quer saber? Não sei, será que não tenho nada pra escrever? Como não? Eu sempre tenho. Tava lendo uma poesia que eu sempre leio e adoro. Vou colocar aqui:

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

Fernando Pessoa

Mew, sempre que leio isso, eu volto totalmente ao passado, quando tudo pra mim, eram cartas, sabe? E tipo, eu volto muito no passado, não querendo lembrar de uma pessoa em si, mas sim do fato deu sentar e escrever uma carta. Geralmente, me dava uma vontade da porra de escrever uma carta, ai eu nunca sabia o que escrever, dai eu ia e li esse poesia e pronto, começava a vir aquela inspiração, que eu sabia que tinha, mas faltava algo. Seria vergonha? que nada, era apenas uma coisa: falta de jeito mesmo.

Hoje lembrei dessa poesia e resolvi colocar aqui(talvez de novo), entao deixo ai pra vocês.

até porque como ele diz: "as criaturas que nunca escreveram cartas de amor, é que são ridiculas"

Saudades do tempo em que eu fazia e lia poesias o dia inteiro.Tempos em que eu ficava horas na facul estudando isso. Enfim, tempos que não voltam mais..

É isso

beijos

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